sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mezzo Aliche, Mezzo Calabreza


Com a maturidade, você ganha atalhos pelos sinuosos e complexos caminhos do ser humano.
Percebe suas limitações. Entende e se coloca mais no lugar do outro.
Pondera. Aceita. Conforma-se.
Se a busca dos relacionamento, é a busca pela essência do outro. Pela alma do outro. Por uma livre privação do outro, que não total. Não mais importam as modalidades e formatos de união, sortidos e a gosto do feliz casal.
Todo mundo já sonhou com a felicidade dos pais. Que mais tarde descobre-se lá não ser isso que se quer.
Depois acha a grama do vizinho mais verde. E também cai em contradição.
Todo mundo quer estar junto sim e não. Todo mundo quer o mundo do outro para si. Sim e não.
Mas ningúem quer perder o eterno(a) namorado(a)...

Sendo assim, encontrei uma saída bem honrosa e com a qual muito venho me identificando.
Seja para tornar a vida mais prática para mim. Seja para acompanhar o ritmo dos dias de hoje.
Eu apoio o conceito de casas separadas.

Vamos aos fatos: Cada um no seu quadrado, com seu cantinho, em seu lugar.
Ninguém interfere, ou impede os progressos e conquistas individuais do outro. Até porque esforço conjunto dá um auê danado. E assim cada um tem seu patrimônio, sem perdas e ganhos.
Horários, hábitos, manias, tics, manhas e mumunhas liberados. Sem causar cena ou constrangimento.
E de quebra: quando todas as obrigações, contas, estresses, tarefas domésticas, visitas, e afazeres acabarem....Pode ainda haver um revezamento de ambientes. É mole ?
No fim de semana, um pode dormir na casa do outro. Um jantarzinho, um filme, uma música imaginária dançada em frente a TV. Olhar juntos a janela do vizinho, da área de serviço.
Não se gasta com mótel, hotel, camping, ou rolê de carro.
Não se briga por problemas financeiros, de ordem conjunta, ou das responsabilidades do matrimônio.
E o que é mais sagrado: mantém o frescor do namoro, da parte boa, do que interessa para todo mundo.
Rita e Roberto já aderiram. Justus e Ticiane já delimitaram os toilletes. Por quê não eu ?